domingo, 4 de dezembro de 2011

O Cortiço Aluísio de Azevedo




O Cortiço foi publicado em 1890, em meio à atividade febril de produção literária a que Aluísio Azevedo se viu obrigado, em seu projeto de profissionalizar-se como escritor. Teve de escrever muitos romances e contos para atender a pedidos de editores, que procuravam corresponder ao gosto do público leitor, um gosto marcado pelo pior tipo de romantismo. Por isso, produziu muita literatura inferior, baixamente romântica, estilisticamente descuidada. Mas O Cortiço tem situação inteiramente à parte nessa produção numerosa e quase toda sem importância, pois neste livro Aluísio pôs em prática os princípios naturalistas, em que acreditava, e toda a sua capacidade artística.

Narrado em 3ª pessoa, a obra tem um narrador onisciente que se situa fora do mundo narrado ou descrito. Há um total distanciamento entre o narrador e o mundo ficcional. Há o predomínio na narrativa do discurso indireto livre, o que permite ao autor revelar o pensamento das personagens. A visão do narrador é fatalista pois as camadas populares são vistas como animais condenados ao meio social que habitam, homens fadados a viverem como animais selvagens.

O cenário é descrito com ambiente e os caracteres em toda a sua sujeira, podridão e promiscuidade, com uma intenção crítica - mostrar a miséria do proletariado urbano - sem esconder a náusea que o narrador sente diante da realidade que revela, mas posicionando-se de maneira solidária junto ao povo do cortiço: "Sentia-se naquela fermentação sangüínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras ...o prazer animal de existir, e naquela terra, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhoca a esfervilhar, a crescer, uma coisa viva, uma geração que parecia espontânea, multiplicar-se como larvas no esterco."

Romance de cunho social, O Cortiço, de Aluísio Azevedo, é o marco da literatura realista-naturalista brasileira. Uma história envolvente e sombria de uma habitação coletiva no Rio de Janeiro do Segundo Império que tem como tema a ambição e a exploração do homem pelo próprio homem. De um lado, João Romão, que aspira à riqueza, e Miranda, já rico, que aspira à nobreza. Do outro lado, a "gentalha", caracterizada como um conjunto de animais, movidos pelo instinto e pela fome. Todas as existências se entrelaçam e repercutem umas nas outras. O cortiço é o núcleo gerador de tudo e foi feito à imagem de seu proprietário, cresce, se desenvolve e se transforma com João Romão.

No século XIX, os cortiços eram galpões de madeira habitados por trabalhadores não-qualificados. Esses galpões eram subdivididos internamente. O proprietário era geralmente português, dono de armazém próximo. Mas havia outros interessados: o Conde D'Eu, marido da princesa Isabel, foi dono de um imenso cortiço, o "Cabeça-de-porco", onde viviam mais de 4 mil pessoas.

O sexo é, em O Cortiço, força mais degradante que a ambição e a cobiça. A supervalorização do sexo, típica de determinismo biológico e do naturalismo, conduz Aluísio a focalizar diversas formas de "patologia" sexual: "acanalhamento" das relações matrimoniais, adultério, prostituição, lesbianismo etc.


Personagens

O cortiço e o sobrado: personagem principal; sofre processo de zoomorfização; é o núcleo gerador de tudo e foi feito à imagem de seu proprietário, cresce, se desenvolve e se transforma com João Romão.
Pombinha, Leónie e Senhorinha: desde o momento em que é apresentada, a prostituta Leónie, madrinha de uma das filhas de Augusta, representa a independência financeira que aqueles que têm vida honesta não conseguem alcançar. Vende seu corpo, mas o que faz não é crime aos olhos dos moradores do cortiço, que não tem as cínicas restrições sexuais da burguesia brasileira.
Jerônimo, Rita, Firmo e Piedade: nas relações entre essas personagens é demonstrado mais claramente o princípio naturalista que rege a obra de Azevedo. Suas interações são baseadas puramente no instinto, no desejo sexual, no ciúme, na ira. Jerônimo e Firmo, são, como Romão e Miranda, complementos um do outro.
João Romão, Miranda, Bertoleza e secundariamente, Zulmira, Botelho e D.Estela: de acordo com o crítico literário Rui Mourão, os elementos conflitantes na obra "não se isolam em planos equidistantes. Ao contrário, o que existe [...] é um estado de permanente tensão e mútua agressão". Afirma, em outra ocasião, que dessas lutas ninguém sairá vencedor ou vencido. Miranda e João Romão, apesar de aparentarem ser diferentes frente à sociedade, são essencialmente influenciados pelos mesmos elementos, tendo que ter, portanto, o mesmo destino.

Alguns personagens secundários, usado por Azevedo principalmente como objetos de estudo da temática determinista

Henrique: filho de um fazendeiro importante que se encontra aos cuidados de Miranda até o fim de seus estudos. Cultivará um caso com D.Estela.
Valentim: filho alforriado de uma escrava por quem D. Estela nutria afeição ilimitada.
Leonor: negrinha virgem, moradora do cortiço.
Leandra: (Machona): portuguesa feroz, habitante do cortiço.
Ana das Dores: filha desquitada de Machona.
Neném: filha virgem de Machona, muito cobiçada.
Agostinho: filho caçula de Machona que morre num acidente da pedreira.
Augusta: brasileira branca, honesta, casada com Alexandre e com muitos filhos.
Alexandre: mulato, militar, dava muito valor ao seu emprego.
Juju: afilhada de Leónie.
Leocádia: portuguesa, esposa de Bruno, comete adultério com Henrique.
Bruno: ferreiro casado com Leocádia.
Paula (a Bruxa): cabocla velha que exercia função de curandeira. Põe fogo no cortiço duas vezes após enlouquecer, morrendo na segunda tentativa.
Marciana: mulata velha, com mania de limpeza, mãe de Florinda, que perde o juízo quando a filha foge de casa.
Florinda: filha virgem de Marciana, que engravida de um dos vendeiros de Romão e foge de casa.
Dona Isabel: mãe de Pombinha. Seu maior sonho é ver a filha casada.
Albino: lavadeiro homossexual, morador do cortiço.
Delporto, Pompeo, Francesco e Andrea: imigrantes italianos que residiam no cortiço. Azevedo foi um dos primeiros a caracterizar literariamente a figura do imigrante italiano no Brasil, mesmo que de forma preconceituosa, retratando-os como carcamanos imundos.
Porfiro: mulato capoeira amigo de Firmo.
Libório: velho pão-duro que esmolava entre os outros moradores do Cortiço, mas que possuía uma fortuna escondida, da qual Romão irá se apoderar depois da morte de Libório no segundo incêndio provocado por Bruxa.
Pataca: cúmplice de Jerônimo no assassinato de Firmo, torna-se um dos aproveitadores de Piedade depois que Jerônimo vai morar com Rita.


Nome: Bruno Henrique       n°5
Nome :Gabriela Fernandes n°17
Nome: Jaqueline Ferreira   n°20
Nome: Jennyfer Marques   n°21
Nome: Jhonatan Francisco n°22
Nome: Jonathan Menezes n°23
Nome: Raphael Lima         n°32
Nome: Pitagoras Brunie     n°30
Nome : Thayna de Souza  n°41

sábado, 3 de dezembro de 2011

IRACEMA: breve análise

Iracema
José de Alencar
ROMANTISMO
O foco narrativo é em 3ª. pessoa e o narrador é onisciente. O narrador participa da historia: "Uma historia que me contaram nas lindas vargem onde nasci".
1.1. Elementos épicos
O texto é épico por ser narrativo. José de Alencar narra os feitos heróicos dos portugueses na figura de Martim. Iracema, também, é transformada em heroína. O vinho de Tupã que permite a posse de Iracema (presença do "maravilhoso"). Além disso, temos, também, a presença dos deuses indígenas representando as forças da natureza.
1.2. Elementos líricos
O amor de Iracema por Martim: Iracema é a heroína típica do romantismo, que padece de saudades do amante, que partiu, e da pátria que deixou. Ela se enquadra dentro de uma corrente luso-brasileira cujo inicio data das cantigas medievais. 
02. A narrativa se fundamenta em pesquisas históricas ou em lendas da tradição oral? Como o autor define o romance? Comparar ficção propriamente dita e as "notas".
Conclui-se que "Iracema" se fundamenta tanto na história do Brasil quanto no relato oral. Segundo seu autor, é uma lenda: "Quem não pode ilustrar a terra natal, canta as suas lendas" (em carta ao Dr. Jaguaribe, sobre "Iracema"). "Este livro é irmão de Iracema. Chamo-lhe de lenda como ao outro" (Ubirajara).
Martim Soares Moreno e Filipe Camarão são vultos da história do Brasil. Ambos lutaram contra a invasão holandesa. Martim é considerado, realmente, o fundador do Cear  e Poti recebeu a comenda de Cristo e o cargo de capitão-mor dos índios pelos seus méritos. Alencar prefere acreditar no relato oral quando se refere… tribo tabajara cruel e sanguinária que habitava o interior, quando a história diz ser uma tribo litorânea.
03. A narrativa se estrutura em "flash back".
O texto se abre pelo fim. Iracema, no 1o. Capitulo, está  morta, e Martim, Moacir e o cachorrinho Japi vão embora na jangada. O 32o. Capitulo narra a morte de Iracema e o 33o. conta o retorno de Martim para fundar o Ceará.
04. Analise do enredo.
4.1. Ponto de partida.
* Fato
* Sentido Simbólico
Fato: é o encontro de Iracema e Martim.
Sentido Simbólico: o encontro do colonizador com o colonizado, ou seja, a relação português X terra brasileira.
4.2. Elementos da trama - os elementos geradores do conflito.
O dilema de Martim: oscila entre a fidelidade a seu amigo pitigura (Poti) e seu amor por Iracema (tabajara).
Iracema não poderia ser desvirginada, pois era uma espécie de sacerdotisa.
Irapuã, cacique da tribo, desejava Iracema e funciona como obstáculo … realização de Martim.
4.3. Desfecho
* Ambigüidade: primitivismo nacionalista X transplantação cultural.
* Visão preconceituosa do narrador - capitulo final - referência a Deus.
* Comparar batismo indígena de Martim (capitulo 24) ao batismo católico de Poti (capitulo 33).
Martim volta… terra selvagem para fundar a Mairi (refúgio) dos Cristãos (Ceará). Com ele, vem o sacerdote da sua região. Poti ajoelha-se ao pé da cruz para receber o mesmo Deus de Martim. Além de perder a sua religião, perde também a sua cultura e o seu próprio nome.
Segundo Alencar, finalmente "germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem". Para ele, a cultura do branco e o Deus do branco são colocados como superiores aos dos indígenas.
A cerimônia do batismo de Martim é episódica e superficial, não havendo nenhuma transformação básica em Martim, o que não ocorre com Poti.
05. As tribos indígenas, suas alianças e conflitos.
As tribos são os Tabajaras (habitantes do interior) e os Pitiguaras (habitantes do litoral).
06. Elementos românticos. Sentido da Natureza (paisagens, animais).
6.1. Na idealização dos personagens.
Capitulo 2: a Natureza que serve para pintar Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que as asas da graúna, mais longos do que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como o seu sorriso, nem a baunilha recendia no bosque como o seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem...
6.2. Na idealização da terra
Capitulo 1: Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba. Verdes mares que brilhais como liquida esmeralda, afaga impetuosa, as brancas areias, a lua argentando os campos ( para idealizar a terra, usa a própria Natureza).
07. Sentimentos e qualidades dos personagens.

IRACEMA – (lábios de mel) – índia da tribo dos tabajaras, filha de Araquém, velho pajé; era uma espécie de vestal (no sentido de ter a sua virgindade consagrada à divindade) por guardar o segredo de Jurema (bebida mágica utilizada nos rituais religiosos); anagrama de América.
MARTIM SOARES MORENO – guerreiro branco, amigo dos pitiguaras, habitantes do litoral, adversários dos tabajaras; os pitiguaras lhe deram o nome de Coatiabo.
POTI – herói dos pitiguaras, amigo – que se considerava irmão – de Martim.
IRAPUÃ - chefe dos tabajaras; apaixonado por Iracema.
CAUBI – índio tabajara, irmão de Iracema.
JACAÚNA – chefe dos pitiguaras, irmão de Poti
08. Valores simbólicos.
8.1. A palavra Iracema é um anagrama de AMERICA.
Seria o símbolo secreto do romance de Alencar, que é o poema épico definidor de nossas origens históricas, étnicas (miscigenação, formação do povo brasileiro) e, sociologicamente, segundo Afrânio Peixoto.
Iracema é o símbolo da terra brasileira virgem e exótica (Iracema morre assim como os índios - mostra a docilidade dos índios).
Como Iracema se entrega a Martim e é destruída, a terra brasileira, por permissão dos índios (que sofrerão uma aculturação), passara a ser de posse portuguesa.
8.2. Iracema: objeto proibido do desejo: posse do objeto.
* Postura de Martim
* O licor de Jurema
* Postura de Iracema
Há proibição de se tocar o corpo de Iracema. O gesto transgressor seria punido com a morte. Martim só procura Iracema sobre os efeitos da droga. Martim não tem o corpo de Iracema em seus braços, tem apenas a sua imagem. A virgindade de Iracema é justificada pela sua situação dentro da taba, onde ocupa o lugar de sacerdotisa de Tupã. Qualquer atitude dela para unir-se a Martim transgride os valores tabajaras. Mas o amor se revela mais forte e a postura de Iracema é, desde o inicio, de desobediência.
O licor de Jurema é a droga que servir como intermediário, isto é, que servir para derrubar as barreiras entre os dois, remetendo a relação para o nível do inconsciente.
8.3. Valor simbólico do personagem Moacir.
Moacir simboliza o 1o. brasileiro nascido da miscigenação índio X português. Duas vezes filho da dor de Iracema: dela nascido e, também, dela nutrido. Tal mescla de vida e morte, de dor e de alegria, acha-se tematizada pelo leite branco, ainda rubro do sangue de que se formou.
9.0 características da linguagem de Alencar em "Iracema".
Alencar tenta concretizar a proposta do Romantismo de construir uma linguagem brasileira. Tenta, então, escrever um romance usando termos indígenas, o que revela uma linguagem autenticamente nacional.
Obs.: a busca de uma linguagem brasileira era reflexo de uma lusofobia que invadiu o Brasil na época do Romantismo.

10. Exemplos da Linguagem não verbal
Quebrar a flecha da paz no encontro de Martim e Iracema.
 A flecha atravessando o gaiamum (Iracema deveria permanecer na cabana esperando a volta de Martim, não deveria seguir em frente).
O ramo do maracujá: a flor da lembrança. Iracema deveria guardar, com a flor, a lembrança de Martim até morrer.

nomes: Thayna Rodrigues nº42
       Geovana Araújo nº18
      Jaqueline Domingos nº19
      Duciara nº 10
      Gabriela Ayrolla  nº16
      Everton  nº14
      Paula  nº 29
      Taís Alves nº 37

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O crime do Padre Amaro

Autor: Eça de Queirós
País: Portugal
Lançamento: Porto, 1875
Gênero: Romance

O Crime do Padre Amaro é uma das obras do escritor português Eça de Queirós mais difundidas por todo o mundo. Trata-se de uma obra polemica que causou protestos da Igreja Católica, ao ser publicada em 1875, em Portugal
Esta obra é mais um documento humano e social do país e da sua época escrito com a maestria de Eça de Queirós. É também a primeira realização artística do realismo português

Linguagem
Narrador, que conscientiza o leitor dos problemas sociais, não confia na capacidade dos personagens de explicitar o sistema de valores. Utiliza do passado das personagens para configurá-los moral, física e ideologicamente. É frequente o narrador realista dedicar-se à descrição dos ambientes que condicionam a ação das personagens e determinam o desenvolvimento do enredo.

Contextual idade
Enfatiza o Homem em sua dimensão animal e satisfação de necessidades materiais. Homem sem idealização, crítica à sociedade: alta Burguesia e Classe média ociosa da Província, todas as atitudes estão fundamentadas numa explicação plausível, preferência pela narração, preocupação com observação da realidade, retrato fiel do ambiente e da realidade, descrição de minúcias e análise, ataca a hipocrisia do clero. Romance de tese, inclusive com a exposição do narrador, que se identifica como médico de convicções anticlericais e materialistas.       
Personagens: Padre Amaro, Amélia, Senhora Joaneira, João Eduardo, Cônego.

Tempo e Espaço
A maior parte da narrativa concentra-se em uma província chamada Leiria, sede do bispado para onde o padre Amaro consegue transferência. O tempo compreende os anos de 1860 a 1870, aproximadamente, e se desenvolve de forma cronológica, linear, com eventuais voltas ao passado, quando o autor, após apresentar alguns dos personagens, conta a história de Amaro e de como ele se tornou padre.
Realismo
O Realismo significou a aparição de uma série de temas novos, mas, sobretudo, uma maneira diferente de entender a literatura. O subjetivismo romântico foi substituído pela descrição da realidade externa. O escritor realista desejava retratar a realidade tal como era, sem deixar de lado nenhum aspecto, por mais desagradável que fosse. A base do romance realista é a relação entre o indivíduo e a sociedade.

Danilo Muniz Nº07
Thiago Silva Nº44
Thiago José Nº43
Lucas Roberto Nº25

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Resumo da Obra Lucíola de jose de alencar

Conta a história romântica de Lucíola e Paulo. Lucíola é uma cortesã de luxo do RJ em 1855. E Paulo um rapaz do interior que veio para o Rio para conhecer a Corte.

 Na primeira vez que Paulo viu Lúcia, julgou ela como meiga e angélica, mesmo seu amigo Couto contando barbaridades sobre ela e revelando a sua verdadeira profissão, Paulo manteve essa imagem em seu coração.
Descobrindo sua casa, Paulo foi visitá-la, e sendo as circunstâncias favoráveis, ela entregou-se a ele como no mais belo ato. Depois disto, Lúcia passou a ser vulgar e mesquinha, desprezando o amor de Paulo, bem como havia dito Couto a respeito dos modos da moça.
  Paulo então viu Lúcia com outros homens, como Jacinto, e sentiu ciúmes, mas Lúcia justificou alegando ser ele apenas um negociante.

 Em uma festa a que tanto Paulo quanto Lúcia estavam presentes, todos os convidados beberam e jogaram a vontade, tanto os homens quanto as mulheres. Nas paredes havia quadros de mulheres nuas, e como era Lúcia uma prostituta, a pedido e pagamento dos cavalheiros, ela ficou nua diante dos presentes. Para Paulo aquela não era a imagem que ele havia visto na casa e na cama de Lúcia, esta era repugnante e vulgar, aquela bela e fantástica, não era Lúcia que ali estava, aquela jovem meiga que conhecera, e sim Lucíola, a prostituta mais cobiçada do Rio de Janeiro.Então Paulo retirou-se, alegando que já havia visto paisagens melhores. 

  Lúcia arrependeu-se do que fez e eles se reconciliaram. Paulo a amava desesperadamente de forma bela e pura, Lúcia em seus conturbados sentimentos, decidiu então dedicar-se inteiramente a esse amor para que sua alma fosse purificada por ele.Então vendeu sua luxuosa casa e foi morar em uma menor e mais modesta. E contou a Paulo sua história:seu nome verdadeiro era Maria da Glória e, quando em 1850 houve um surto de febre amarela, toda sua família caiu doente, do pai à irmãzinha. Para poder pagar os medicamentos necessários para salvá-los, Lúcia se deixou levar por Couto, quem a partir disso ela passou a desprezar profundamente. Nessa época ela tinha 14 anos, e seu pai, ao descobrir, a expulsou de casa. Ela fingiu então sua própria morte quando sua amiga Lúcia morreu, e assumiu este nome.Agora, com o dinheiro que conseguia, pagava os estudos de Ana, sua irmã mais nova. Paulo ficou muito comovido com a historia de Lúcia. Ele sempre a visitava e numa noite de amor ela engravidou, mas adoeceu. Lúcia acreditava que adoença era devido ao fato de seu corpo não ser puro. 

  Confessou seu amor a Paulo e que pertencia a ele, queria que Paulo casasse com Ana, que tinha vindo morar com eles. Paulo recusou-se assim como Lúcia também recusou o aborto. E por isso ela morreu.Após 5 anos, Ana passou a ser como uma filha para Paulo, que a amparava. E 6 anos depois da morte de Lúcia, Ana casou-se com um homem de bem e Paulo continuou triste com a morte do único amor da sua vida.

  Lucíola é um romance urbano, em que Alencar transforma a cortesã em heroína, esta purifica sua alma com o amor de Paulo. Ela não se permite amar, por seu corpo ser sujo e vergonhoso, e ao fim da vida, quando admite seu amor, declara-se pertencente a Paulo. É a submissão do amor romântico, onde a castidade valorizada.

  Percebe-se também uma crítica social e moral ao preconceito. O romance causou comentários na sociedade. Paulo se viu dividido entre o amor e o preconceito. A atração física superou essa barreira, mas até o final ela se sentia indigna do amor de Paulo e do sentimento de igualdade que deveria existir entre os amantes. 







1-linguagem: dramaturgo, romancista, teatro realista, imoralidade, defesa
Publicado em 1862, Lucíola é o primeiro romance de José de Alencar em que o homem e mulher se confrontam num plano de igualdade, dotados de peso específicos e capazes dum amadurecimento interior inexistente em seus outros personagens.

2-contextualidade:                                
Guerra Civel nos Estados Unidos
país, grandes batalhas, como o confronto entre os navios de guerra ironclad o Merrimac eo Monitor foram o assunto do campo. Na Parte oriental do País, Grandes Batalhas, Como o Confronto Entre OS Navios de Guerra ironclad o Merrimac EO monitor foram o Assunto do Campo. No oeste, a notícia era sobre a expansão para os estados ocidentais eo ato terra nova que permitiu que mais pessoas vão para a escola e obter educação. Não oeste, uma notícia era Sobre a Expansão parágrafo OS ESTADOS EO Ocidentais ato Terra Nova Que permitiu Que Mais Pessoas Vão par uma escola e obter Educação. 
Guerra do paraguai
No ano de 1862, Solano Lópes cheugou ao poder como o objetivo de dar continuidade ás conquistas dos governos anteriores.Nessa epoca, um dos grades problemas da economia paraguaia se encontrava na ausência de saídas marítimas que escoassem a sua produção industrial. Os produtos paraguaios tinham que atracessar a região da Bacia do Prata, que abrangia possessões territoriais do Brasil, Uruguai e Argentina

Revista Espirita

Revista Espírita, com todas as edições de 1862. Na revista são abordados múltiplos temas acerca do espiritismo, incluindo questões da formação do Planeta Terra, obras de poesia escritas por espíritos ilustres, notícias sobre a expansão do espiritismo pelo mundo, ensinamentos de Jesus à luz dos espíritos superiores e muito mais.

3-cruzamento de olhares durante debate e discussão: lucila era uma prostituta mais apesar disso o tipo de pessoa que ela mostrava ser e tipico vamos dizer que de muitos homens hoje ao mostrar ser uma pessoa e depois conseguir o que ele quer e mostra sua outra face que ele não mostrava pois sabe que o prejudicaria, da mesma forma lucila depois mostrou um certo arrependimento mais o que mais nos chamou a atenção foi que apasar de ser uma prostituta paulo amava incondicionalmente, isso e uma lição de vida pois ele por mais que se maguou com as atitudes que ela tinha que ele não conhecia ele mostrou compaixão ea aceitou assim como lucila era daquela forma pois prescisava de dinhero para ajudar sua família principalmente a sua irmã notamos que essa historia mostra que anbasas partes tinham um ótimo coração.


4- observação de mudanças e permanências: o que mudou na nossa vida e que aprendemos a dar outra chance  e que por mais  que pareça impossível mudar devemos dar sempre uma 2 chance podemos ate nos surpreender com a mudança da pessoa ate porque somos todos imperfeitos e sempre estamos propensos a errar

5-cruzamento de olhar da obra com a realidade ou com outras produções culturais:  




A Obra
Conta a história romântica de Lucíola e Paulo. Lucíola é uma cortesã de luxo do RJ em 1855. E Paulo um rapaz do interior que veio para o Rio para conhecer a Corte.

Na primeira vez que Paulo viu Lúcia, julgou ela como meiga e angélica, mesmo seu amigo Couto contando barbaridades sobre ela e revelando a sua verdadeira profissão, Paulo manteve essa imagem em seu coração.

Descobrindo sua casa, Paulo foi visitá-la, e sendo as circunstâncias favoráveis, ela entregou-se a ele como no mais belo ato. Depois disto, Lúcia passou a ser vulgar e mesquinha, desprezando o amor de Paulo, bem como havia dito Couto a respeito dos modos da moça.

Paulo então viu Lúcia com outros homens, como Jacinto, e sentiu ciúmes, mas Lúcia justificou alegando ser ele apenas um negociante. 

Em uma festa a que tanto Paulo quanto Lúcia estavam presentes, todos os convidados beberam e jogaram a vontade, tanto os homens quanto as mulheres. Nas paredes havia quadros de mulheres nuas, e como era Lúcia uma prostituta, a pedido e pagamento dos cavalheiros, ela ficou nua diante dos presentes. 

Para Paulo aquela não era a imagem que ele havia visto na casa e na cama de Lúcia, esta era repugnante e vulgar, aquela bela e fantástica, não era Lúcia que ali estava, aquela jovem meiga que conhecera, e sim Lucíola, a prostituta mais cobiçada do Rio de Janeiro.Então Paulo retirou-se, alegando que já havia visto paisagens melhores. 

Lúcia arrependeu-se do que fez e eles se reconciliaram. Paulo a amava desesperadamente de forma bela e pura, Lúcia em seus conturbados sentimentos, decidiu então dedicar-se inteiramente a esse amor para que sua alma fosse purificada por ele.

Então vendeu sua luxuosa casa e foi morar em uma menor e mais modesta. E contou a Paulo sua história:
Seu nome verdadeiro era Maria da Glória e, quando em 1850 houve um surto de febre amarela, toda sua família caiu doente, do pai à irmãzinha. 

Para poder pagar os medicamentos necessários para salvá-los, Lúcia se deixou levar por Couto, quem a partir disso ela passou a desprezar profundamente. Nessa época ela tinha 14 anos, e seu pai, ao descobrir, a expulsou de casa. Ela fingiu então sua própria morte quando sua amiga Lúcia morreu, e assumiu este nome.

Agora, com o dinheiro que conseguia, pagava os estudos de Ana, sua irmã mais nova. Paulo ficou muito comovido com a historia de Lúcia. Ele sempre a visitava e numa noite de amor ela engravidou, mas adoeceu. Lúcia acreditava que adoença era devido ao fato de seu corpo não ser puro. 

Confessou seu amor a Paulo e que pertencia a ele, queria que Paulo casasse com Ana, que tinha vindo morar com eles. Paulo recusou-se assim como Lúcia também recusou o aborto. E por isso ela morreu.

Após 5 anos, Ana passou a ser como uma filha para Paulo, que a amparava. E 6 anos depois da morte de Lúcia, Ana casou-se com um homem de bem e Paulo continuou triste com a morte do único amor da sua vida.

Lucíola é um romance urbano, em que Alencar transforma a cortesã em heroína, esta purifica sua alma com o amor de Paulo. Ela não se permite amar, por seu corpo ser sujo e vergonhoso, e ao fim da vida, quando admite seu amor, declara-se pertencente a Paulo. É a submissão do amor romântico, onde a castidade valorizada.

Percebe-se também uma crítica social e moral ao preconceito. O romance causou comentários na sociedade. Paulo se viu dividido entre o amor e o preconceito. A atração física superou essa barreira, mas até o final ela se sentia indigna do amor de Paulo e do sentimento de igualdade que deveria existir entre os amantes.